
1822: Dimensões
ISBN: 9786555051056
Por: Editora Perspectiva S/A | Autor: Reis, Arthur Cezar Ferreira; Wernet, Augustin; Mota, Carlos Guilherme; Costa, Emília Viotti da; Novais, Fernando Antônio; Tomaz, Fernando; Falcón, Francisco C.; Mauro, Frédéric; Mota, Giselda; Piccolo, Helga; Mattos, Ilmar Rohloff de; Godechot, Jacques; Serrão, Joel; Mott, Luiz; Dias, Maria Odila da Silva; Oliveira, Paulo de Salles; Moreyra, Sérgio Paulo; Cavalcanti, Zélia | Edição: 3
O Brasil completava 150 anos de sua Independência sob o peso de uma ditadura civil-militar que promovia as comemorações com discursos patrióticos conservadores e ufanistas. Isso era 1972. Qualquer semelhança com o discurso oficial que ronda as comemorações do bicentenário, agora em 2022, não é mera coincidência. 1822: Dimensões trazia naquele momento um jorro de discernimento e arrojo ao trazer a público uma visão crítica e muito mais ampla dos processos históricos que resultaram na declaração da Independência e suas amarras. A republicação do livro no bicentenário nos faz lembrar que um país se constrói com o debate franco, direto, extenso. E bem fundamentado. QUARTA-CAPA Esta edição homenageia os cinquenta anos da obra que foi um marco da historiografia brasileira ao adotar como perspectiva não fazer a mera louvação da efeméride que lhe deu origem – as comemorações dos 150 anos da Independência do Brasil –, mas, pelo contrário, problematizar esse evento, contextualizá-lo, fazer a crítica de sua interpretação. Os autores eram jovens, as comemorações eram espontâneas como uma ordem unida, e o momento político trazia a paz dos cemitérios. O livro em si se tornou, como diz o historiador Francisco Alambert em seu prefácio, um acontecimento. E eis que hoje, meio século depois, não apenas sua importância acadêmica permanece, como a discussão que instaura se mostra mais fundamental do que nunca. Assim, além de permitir ao público (re)encontrar textos hoje clássicos, o que esta edição propõe a leitores e pesquisadores é o desafio de ressignificar as comemorações do Bicentenário da Independência, interpretando o passado e o presente com uma atitude crítica e uma postura ativa diante de (re)visões nacionalistas autoritárias e estreitas, pois amar um país vai muito além de usar as cores da bandeira e palavras de ordem.